Diretório - Última fase da Revolução Francesa

A fase final da Revolução Francesa rolou a partir de 1795 e ficou conhecida como Diretório. Nessa época, os girondinos voltaram a mandar no rolê revolucionário. Eles criaram uma nova constituição e montaram o Diretório, um grupo com cinco pessoas que administravam o país com a ajuda de um parlamento com duas câmaras: 

• A Câmara Alta, chamada de Conselho de Anciãos, era formada por políticos mais experientes (leia-se: mais velhos).
• E a Câmara Baixa, o Conselho dos Quinhentos, tinha 500 membros que propunham as leis.

Resumindo: foi uma fase de organização e controle político, com um esquema mais moderado e sem os exageros das fases anteriores da revolução.

Com a bagunça política deixada pelos radicais da Convenção Nacional, a alta burguesia aproveitou a chance e voltou a comandar o país. Eles fizeram várias reformas conservadoras e deram um jeito de acabar com as conquistas populares que tinham rolado antes. Na nova Constituição, o voto censitário (onde só vota quem tem grana) voltou com força. Eles ainda aumentaram a renda mínima pra poder votar, o que deixou o direito de voto ainda mais restrito. Ou seja, só os ricos tinham voz nas decisões do país.

Em 1796, os jacobinos não curtiram nada a nova política dominada pelos ricos e tentaram voltar ao poder. Liderados por François Babeuf (também conhecido como Gracchus Babeuf), eles organizaram a Conspiração dos Iguais. A ideia deles era ousada: acabar com a propriedade privada, trazer igualdade social de verdade, fim do voto só pros ricos e criar uma república democrática de verdade. Mas o plano não deu certo. O Diretório descobriu tudo, prendeu os envolvidos e mandou executar os líderes, incluindo Babeuf, que foi condenado à forca.

Enquanto o caos rolava na política, a França mandava bem nas guerras contra os países monarquistas, e quem se destacou foi o general Napoleão Bonaparte. Ele era um estrategista brilhante e conseguiu várias vitórias, virando praticamente um herói nacional. Antes da Revolução, só nobres viravam generais, mas com o fim desses privilégios, o mérito passou a valer mais que o sobrenome. Isso abriu espaço pra caras como Napoleão crescerem no Exército. Com fama e prestígio, ele foi chamado pro governo e ganhou o apoio da alta burguesia, que queria ordem e estabilidade. Em 1799, com o apoio deles, Napoleão deu um golpe de Estado conhecido como o 18 de Brumário, tirou o Diretório do poder e criou o Consulado.

Esse golpe marcou o fim da Revolução Francesa e o começo de uma nova fase: a Era Napoleônica.